Relato de Milagre em documento Jesuítico

"Não é também muito o que se sabe da vida particular de Francisco Dias. Tendo contraído a grave doença, chamada de Santo Antão ou cobrelo, pouco depois de chegar ao Brasil, ao passar em Pôrto Seguro, foi à ermida de Nossa Senhora da Ajuda, devoção e romaria muito nomeada naquele tempo. A conselho do P. José de Anchieta lavou-se na milagrosa água que dela brotava e recuperou a saúde." (Simão de Vasconcelos, Vida do Veneravel P. Joseph de Anchieta (Lisboa 1672) Livro V, cap. 6 § 3.) Fonte: Novas Páginas de História do Brasil, SP 1965, p. 308

Cobrelo foi designação empregada no Brasil do século XVI, segundo Simão de Vasconcelos (1943:47), (…) a doença perigosa que alguns chamam de Santo Antão, outros cobrelo, e vem a ser inflamação que nasce da parte do lado direito e vai lavrando pelos ombros… No século XVII falava-se em doença de Santo Antão ou cobrelo, segundo Santos Filho (1947:141)\ - Trata-se da Herpes Zoster.

De acordo com o site Novo Milênio, "Francisco Dias era português e entrou para a Companhia de Jesus em 1567. Foi pedreiro, carpinteiro, mestre-de-obras, arquiteto e até navegador. Chegou ao Brasil em 1577 e trouxe em seu currículo a experiência de conduzir as obras da igreja de São Roque de Lisboa e de projetar a igreja e o colégio na Ilha Terceira dos Açores. (...)
No Brasil, a tarefa imediata de Francisco Dias foi a de projetar novos colégios para a Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, mas a necessidade de se repensar o modelo construtivo jesuítico o tornou revisor de todas as obras da Companhia no Brasil."

Fato é que Francisco Dias esteve em Arraial d'Ajuda e acometido de doença recebeu de José de Anchieta, hoje São José de Anchieta o conselho de ir lavar-se na Fonte Sagrada. Ele foi, lavou-se e ficou curado.

Foto de meados dos anos 70 ou 80

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